Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poesia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 23 de junho de 2015

Devaneio MCXVIII

Em um sonho, eu não via nada.
Apenas me sentia bem, em ótima companhia.
Sentia um corpo macio, quente e perfumado,
em um abraço carinhoso junto ao meu.
E então uma voz dizia "que bom que ainda podemos ficar aqui
mais cinco minutinhos"...
E então o despertador tocava.

Vamos aproveitar nossos cinco minutinhos.
Antes que o despertador toque.

domingo, 13 de julho de 2014

terça-feira, 13 de maio de 2014

Rascunhos sob uma lua cheia

Nietzsche dizia algo que deve ser mais ou menos o equivalente de "A arte existe para que não morramos de realidade". Decidi levar a sério essa frase, e como rolaram algumas coisas meio negativas, em vez de me deixar abater, preferi recorrer a algo maior do que eu mesmo e maior que meus problemas.
E disso saiu uma breve estrofe do que um dia pode virar um poema completo. Ou não.


No trono de Hécate, senta-se Diana.
O olho de prata volta-se à Terra.
Eis que a seta, então, no solo se crava.
Bela e terrível, Ártemis caça.


E... É isso. Me inspirei na lua cheia que entra pela janela do meu quarto neste momento. Hécate era uma divindade lunar, assim como Diana/Ártemis. A ideia aqui foi estabelecer brincar um pouco com imagens associadas à lua e atribuí-las às três personagens, começando em Hécate, que fornece a base sobre a qual se assenta Diana (a própria lua), que ao voltar seu olhar argênteo (a luz do luar) à Terra, lança-se ao solo, cravando uma seta (a luz do luar se solidificando e metamorfoseando-se em Ártemis) e então, Ártemis parte à caça, como símbolo da mulher com apetites sexualmente ativos.

Algo assim.

domingo, 4 de maio de 2014

Para quem aguentou chegar até aqui, neste novo ímpeto de vitalidade do blog, como presente postarei um poema de Lord Byron. Mais para a frente pretendo publicar uma tradução dele aqui, espero que gostem.

Prometheus

By Lord Byron (George Gordon) 

 
Titan! to whose immortal eyes
         The sufferings of mortality,
         Seen in their sad reality,
Were not as things that gods despise;
What was thy pity's recompense?
A silent suffering, and intense;
The rock, the vulture, and the chain,
All that the proud can feel of pain,
The agony they do not show,
The suffocating sense of woe,
         Which speaks but in its loneliness,
And then is jealous lest the sky
Should have a listener, nor will sigh
         Until its voice is echoless.

Titan! to thee the strife was given
         Between the suffering and the will,
         Which torture where they cannot kill;
And the inexorable Heaven,
And the deaf tyranny of Fate,
The ruling principle of Hate,
Which for its pleasure doth create
The things it may annihilate,
Refus'd thee even the boon to die:
The wretched gift Eternity
Was thine—and thou hast borne it well.
All that the Thunderer wrung from thee
Was but the menace which flung back
On him the torments of thy rack;
The fate thou didst so well foresee,
But would not to appease him tell;
And in thy Silence was his Sentence,
And in his Soul a vain repentance,
And evil dread so ill dissembled,
That in his hand the lightnings trembled.

Thy Godlike crime was to be kind,
         To render with thy precepts less
         The sum of human wretchedness,
And strengthen Man with his own mind;
But baffled as thou wert from high,
Still in thy patient energy,
In the endurance, and repulse
         Of thine impenetrable Spirit,
Which Earth and Heaven could not convulse,
         A mighty lesson we inherit:
Thou art a symbol and a sign
         To Mortals of their fate and force;
Like thee, Man is in part divine,
         A troubled stream from a pure source;
And Man in portions can foresee
His own funereal destiny;
His wretchedness, and his resistance,
And his sad unallied existence:
To which his Spirit may oppose
Itself—and equal to all woes,
         And a firm will, and a deep sense,
Which even in torture can descry
         Its own concenter'd recompense,
Triumphant where it dares defy,
And making Death a Victory.

sábado, 5 de novembro de 2011

Tradução: Jerusalém, de William Blake

MUITO tempo sem postar por aqui. Mas não esqueci o blog, não!
Hoje eu trago uma poesia que eu traduzi por esporte (logo, não pertence a nenhum cliente e posso divulgar à vontade). É de um dos maiores poetas da literatura inglesa, William Blake. O cara era um grande artista iluminado, além da poesia e das gravuras ele também desenvolvia suas teorias e ideias místicas e metafísicas. Uma figura deveras curiosa. Aconselho muito ler sobre ele.
O poema escolhido foi Jerusalem, também conhecido como And did those feet. Postarei primeiro o original em inglês e na sequência minha tradução. Foi igualmente trabalhosa e prazerosa. Espero que seja um prazer como leitura para vocês, também. Ah: dedico essa tradução a todos os movimentos e ações libertárias, presentes, passados e futuros, que lutam, lutaram e lutarão e não cessarão o combate até que nossa terra seja uma Jerusalém. Uma Avalon. Uma Camelot. Uma Asgard. Os Campos Elísios. E todos esses ao mesmo tempo.


And did those feet in ancient time.
Walk upon England's mountains green:
And was the holy Lamb of God,
On England's pleasant pastures seen!

And did the Countenance Divine,

Shine forth upon our clouded hills?
And was Jerusalem builded here,
Among these dark Satanic Mills?

Bring me my Bow of burning gold;

Bring me my Arrows of desire:
Bring me my Spear: O clouds unfold!
Bring me my Chariot of fire!

I will not cease from Mental Fight,

Nor shall my Sword sleep in my hand:
Till we have built Jerusalem,
In England's green & pleasant Land


Em tempos idos, estes pés,
Peregrinaram nas montanhas:
Foi visto então, o Cordeiro,
Nos pastos verdes da Inglaterra!

E o semblante divino
Brilhara em meio aos turvos montes?
E aqui nasceu Jerusalém
Em meio à máquina infernal?

Tragam-me o arco dourado
Tragam-me as flechas do desejo
Tragam a lança entre as nuvens
Tragam o carro flamejante

Não cessará meu combate
Nem minha espada hei de baixar
Até que ergamos Jerusalém
Nos verdes campos da Inglaterra!!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Minha viagem a Ouro Preto



























E aqui estamos nós. Depois de um prolongado período sem posts, este aqui é sobre a minha viagem a Ouro Preto/MG, para um congresso de tradução. Estou duplamente empolgado. Em primeiro lugar, por ser a primeira vez que consigo ir a um congresso desses, e em segundo lugar, por Ouro Preto ser um lugar que pode ser classificado como ALÉM de lindo. De fato, enquanto estou escrevendo estas linhas, faz pouco mais de uma hora que estou na cidade, e para qualquer lado que eu olhe fica EVIDENTE que o movimento poético do arcadismo tinha condições ideais para florescer aqui. Confesso que estou mesmo meio sem palavras. A beleza por aqui é toda meio épica, então vou deixar algumas fotos que eu tirei ja na pousada, que nem é a parte MAIS "epica" da paisagem! Rs!
Diagramação tosca by Heder feat. Blogger.com!

domingo, 29 de março de 2009