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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Os últimos devaneios de 2014

Volta e meia vejo gente dizendo que a vida é curta e se pautando nesse conceito para tomar decisões atitudes e coisas do tipo. Embora eu concorde que seja louvável sair da estagnação e fazer as coisas acontecerem em sua própria vida, acho que existe um erro de conceito quando você o faz partindo da ideia que a vida é curta. Ela não é, ela dura uma vida inteira. Eu, em vez disso, venho tentando pautar minhas decisões e atitudes nem tanto na brevidade da vida, mas sim em sua inevitabilidade e imprevisibilidade.
Devemos aceitar correr certos riscos, dar a cara a tapa, mesmo, e digo isso principalmente no que se refere a relacionamentos. Não sabemos até quando aquela pessoa para quem precisamos dizer algo ainda estará lá para ouvir; mas nos prendemos tanto à questão de não saber qual será sua reação que acabamos perdendo nossa própria reação. Enfim, como de costume, só um monte de pensamentos não necessariamente conexos, mas que precisavam de uma via para serem desabafados.
Espero ter feito a coisa certa.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O mundo do medo e da ignorância

Recentemente começou a circular internet afora um vídeo de uma pegadinha do programa Silvio Santos, em que pessoas entram em um elevador (falso) e supostamente seguem para o 7ºandar de um prédio. No meio do "caminho" (o "elevador" é apenas uma sala montada para PARECER um elevador), as luzes dentro do veículo piscam, se apagam e quando acendem novamente, há uma atriz mirim com uma enorme cabeleira desgrenhada, vestido branco e uma boneca no colo (a câmera de visão noturna mostra ela entrando na sala por um painel oculto da parede). Ela fica parada olhando para o nada por alguns segundos e subitamente grita com o passageiro do elevador, que se já não tiver SURTADO até então, o faz nesse momento.
Ok, é engraçado, eu dei uma bela de uma risada pelo primeiro minuto. Mas passando disso, começa a ficar preocupante, sabe? VÁRIAS pessoas entraram no elevador e deram material engraçado para a filmagem. Estamos no século XXI, gente. Estamos no futuro. Já era mais do que hora de sairmos desses medos e superstições bobos... Vamos dar uma virada na mesa ou daqui a pouco teremos mais um pouco de obscurantismo medieval... Alguém tá com saudade?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Celtic Frost - As Evil as Ever


Ouvindo Synagoga Satanae, do Celtic Frost, a lâmpada que fica bem acima da minha cabeça queimou. Ok, ISSO foi terror.
(Na imagem ao lado: O trio terrível apagando a minha lâmpada que estava incomodando as trevas deles).

terça-feira, 7 de abril de 2009

O réptil e o sonho

Segunda-feira. Mais uma semana que tinha tudo para começar como todas as outras, mas que por algum motivo (gerador de improbabilidade, talvez?), recusou-se a tanto. Ah, não, não ESTA semana, não senhor! Vejamos o que ocorreu: Na madrugada, enquanto dormia, tive um sonho estranho, com um dos meus maiores medos. O que era estranho? Bom, talvez o fato de UM de meus maiores medos estar presente e eu não ter demonstrado medo? No caso do sonho, foi a altura. Quem já assistiu "Indiana Jones e o Templo da Perdição" deve lembrar da cena da ponte de corda. Foi algo parecido, só que sem adoradores de Kali, chicote ou facão. Mas a morena voluntariosa estava lá, pelo menos! Rs! Pois bem, acordei atrasado e tomei banho correndo. Detalhe: Na madrugada, enquanto estava ocupado brincando de "Indiana Jones no reino do Inconsciente", choveu bastante. Detalhe APARENTEMENTE desprovido de importância. Mas tal qual aconteceu com a criação de Victor Frankenstein, naquela noite chuvosa algo se movia e recebia seus primeiros impulsos de vida. Algo que haveria de crescer e tornar-se uma força irresistível. O dia amanhece. Avançamos algumas horas e chegamos ao ponto onde nossa narrativa parou: eu estou tomando banho correndo, atrasado em meu cronograma particular e tentando desesperadamente não atrasar-me para o dia de trabalho. SURPREENDENTEMENTE, consegui.

E então, eis que ocorreu algo extremamente incomum. O incomum completamente sustentado no cotidiano. "Todo dia ela faz tudo sempre igual/me sacode às seis horas da manhã/me sorri um sorriso pontual/e me beija com a boca de hortelã". O cotidiano que revela-se o absurdo do fantástico. Ao sair de casa, tranquei o portão. Depois de dar a volta na chave, dei mais uma chacoalhadinha no portão para certificar-me de que estava trancado. Como já foi mencionado, choveu na madrugada anterior. O mundo estava úmido. O céu estava cinzento. DOOM, até. As grades molhadas do portão. Ao chacoalhar as grades, algumas gotas respingaram em minha mão. Mas havia ALGO MAIS que também caiu. A mente é uma coisa impressionante. Nós não prestamos atenção em nossa própria capacidade de perceber detalhes. De construir raciocínios a partir desses detalhes. De construir visões de mundo inteiras a partir de um ligeiro detalhe insignificante. Mas DESTA vez eu enigmaticamente consegui acompanhar o meu processo de pensamento do incício ao fim, embora ele não deva ter durado mais do que um segundo. A princípio pensei ser água. Mas como não escorregou, e demonstrou consistência sólida, pensei em um resíduo. Algo como um pedaço de graveto, ou casca de árvore, ou folha. Algo do tipo, inanimado. AINDA dentro desse um segundo da construção do processo de pensamento, meus olhos focaram a mão. O que eles viram simplesmente distorceu minha mente. De forma definitiva, talvez. É de conhecimento comum, público e notório, que lagartixas (aliás, répteis em geral) são frios. "Geladinhos" dizem alguns. Pois é. É isso. Cortei o suspense gótico vitoriano. Foi uma LAGARTIXA que caiu em minha mão. E minha mente continuava funcionando no quadro-a-quadro. Aconteceu tudo rápido, mas eu vi claramente o processo de pensamento passar da reação de FUGA(do bicho que mais me apavora no mundo), que levou o corpo a pular, para o reflexo de REAÇÃO que fez o corpo ARREMESSAR o bicho que estava em cima da mão, e do qual, portanto, não adiantaria fugir.

Então, é isso. Para um observador externo, eu pulei e joguei longe uma lagartixinha, tão somente.

Mas para o único observador interno, está claro agora que uma força conquistadora está a caminho. Algo como Arthur, o rei adormecido que dorme, aguardando o momento de maior momento da Britânia. Como Brian Boru, da Irlanda. Como Dom Sebastião, de Portugal.

Mas esse rei ainda dorme. Prova disso é o fato de que ao procurar uma imagem para ilustrar esse post, na busca de imagens do Google, não consegui disfarçar minha ojeriza. Vamos tentar novamente, agora.Ao que parece, o Rei Adormecido dá pontapés durante o sono! ;-)

Ilustram este post, em ordem de aparição: Rei Arthur, Brian Boru, D. Sebastião e uma lagartixa.

BONUS TRACK DA VERSÃO JAPONESA:

LAGARTIXA

Nome científico: Rhacodactylus leachianus, Gekko gecko, Gekko smithi, Uroplatus fimbriatus
and Saltuarius cornutus

Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Gekkonidae
Habitat: Áreas florestais
Hábitos: Dependendo de cada espécie, pode ser diurno ou noturno.
Nome comum: Lagartixa

Características: As lagartixas têm facilidade para subir em qualquer lugar.Isso porque elas possuem uma espécie de pequenas laminas cobertas por pêlos microscópicos em forma de ganchos e são esses pêlos permitem a esses animais escalar muros, vidros de janelas e andar pelo teto de cabeça para baixo. É comum que as lagartixas se instalem em nossas casas, mas isso é bom, pois se alimentam de insetos daninhos, como as traças e mosquitos. São animais frágeis, de coloração bege clara e olhos escuros.
A reprodução é ovípara. Geralmente, as fêmeas põe entre 1 ou 2 ovos e guardam em cascas de árvores ou fendas em pedras. Existem mais de 400 espécies de lagartixas nas regiões quentes do mundo.

Fonte: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/lagartixa.htm