terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Os últimos devaneios de 2014

Volta e meia vejo gente dizendo que a vida é curta e se pautando nesse conceito para tomar decisões atitudes e coisas do tipo. Embora eu concorde que seja louvável sair da estagnação e fazer as coisas acontecerem em sua própria vida, acho que existe um erro de conceito quando você o faz partindo da ideia que a vida é curta. Ela não é, ela dura uma vida inteira. Eu, em vez disso, venho tentando pautar minhas decisões e atitudes nem tanto na brevidade da vida, mas sim em sua inevitabilidade e imprevisibilidade.
Devemos aceitar correr certos riscos, dar a cara a tapa, mesmo, e digo isso principalmente no que se refere a relacionamentos. Não sabemos até quando aquela pessoa para quem precisamos dizer algo ainda estará lá para ouvir; mas nos prendemos tanto à questão de não saber qual será sua reação que acabamos perdendo nossa própria reação. Enfim, como de costume, só um monte de pensamentos não necessariamente conexos, mas que precisavam de uma via para serem desabafados.
Espero ter feito a coisa certa.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

No táxi - Semi-guest post

Olá, pessoal! Correria do dia a dia, inclusive com o final de ano da faculdade, mas não esqueci de vocês, que sentem falta de gastar alguns minutos lendo as abobrinhas que escrevo. Como hoje está difícil para eu mesmo escrever, pesquei lá no Facebook uma história interessante e 100% verídica copiada do perfil do camarada Robson Intruder. O que vem depois das aspas é o texto dele, inadulterado, e muito engraçado:

"
No taxi:
Um Sr Oriental 50 anos,pergunta:
VC é antisemita?
Não Senhor, não sou.
VC sabe o que é antisemita?
Sei sim Senhor!
Porque o senhor esta me perguntando isso?
Porque eu fiz uma oração poderosa no meu trabalho, e um austríaco que trabalha comigo, nao gostou e mandou 3 demônios me perturbar.
E porque ele fez isso?
Sei lá, acho que ele é nazista!
VC sabe que nazista é antisemita né?
Eles nao gostam de judeus.
E o senhor é judeu?
Não,não sou!
Ué então porque ele mandou esses demônios?
Pq a oração que fiz era para os judeus!
Ah ta entendi, e pq não orou baixinho,pra ele não ouvir?
Pois é,eu devia ter feito isso...
Mas é assim mesmo, cada na sua né taxista?
Ele fez o papel dele e eu fiz o meu, cada faz sua parte.
Para o carro ai,vou tirar dinheiro no Banco pra te pagar.
Ele volta com uma nota de 10 reais na mão e pergunta:
Quanto eu te devo?
13,00 reais!
E agora? Só tenho 10.
Mas o senhor tem que pagar 13.
Mas eu não tenho os 13.
Ah,ta bom então!!! Deixa pra lá.
Sai dali e entendi o porque o Austríaco, mandou 3 demônios perturbar ele."

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Um sonho na noite de 7 de agosto de 2014

Nesta noite, sonhei que eu aprendia a voar. E a melhor parte é que ao acordar eu ainda lembrava do método. Quando eu tiver coragem vou tentar.
No sonho, depois que eu conseguia, tentava ensinar uma amiga usando o mesmo método. Mas ela não conseguia decolar, por ser muito "pé no chão".
Então o sonho cortou para uma cena minha chegando em Salvador, voando por meus próprios meios. E de lá de cima eu via um navio encouraçado ancorado junto ao Farol da Barra, com seus canhões apontados para o mar, como se protegendo o perímetro.
Tenho sonhado muito com Salvador ultimamente...

terça-feira, 29 de julho de 2014

Servants? Where?

Resgatado de uma postagem de meu Facebook em 16 de maio:

Interessante. Enquanto o Lúcifer de John Milton no Paraíso Perdido diz "Reinar no Inferno preferir nos cumpre À vileza de ser no Céu escravos.", o Aquiles de Homero na Odisséia diz
"preferira viver empregado em trabalhos do campo
sob um senhor sem recursos, ou mesmo de parcos haveres,
a dominar dêste modo nos mortos aqui consumidos".
Terá sido isso uma referência de Milton a Homero? Será que estou procurando pelo em pedra? Será que estou precisando dormir?

https://www.facebook.com/heder.honorio/posts/10203896969923534

domingo, 13 de julho de 2014

domingo, 29 de junho de 2014

Um sonho em 29 de junho

No meu sonho, eu estava em Salvador. Eu sabia que era Salvador daquele jeito como nos sonhos simplesmente sabemos das coisas. Mas não era a Salvador verdadeira, era uma que só existe nos sonhos, mesmo.
Eu estava em frente a um teatro enorme, em estilo neoclássico, semelhante ao Municipal, de São Paulo, porém com decoração menos rebuscada. Esse teatro estava interditado, com suas grandes portas de madeira trancadas. Eu e a moça que estava comigo (ninguém que eu reconheça do mundo desperto) chegávamos ao teatro e ficávamos lamentando ter viajado tanto para não conseguir ver nenhum espetáculo nele.
Porém, além do prédio principal do teatro, havia um enorme tablado a céu aberto, decorado com colunas em estilo neoclássico, com vários alçapões e vista imediatamente de frente ao mar. E lá estavam sendo realizados os espetáculos. Enquanto lamentávamos o teatro fechado, ouvimos um conjunto de vozes recitando algo em uníssono, e, ao nos virar, vimos um grupo de 10 pessoas com longos mantos e capuzes negros,com os rostos escondidos pela máscara da tragédia.
Então nos sentamos na areia e assistimos, maravilhados. E ainda era só um ensaio...

terça-feira, 13 de maio de 2014

Rascunhos sob uma lua cheia

Nietzsche dizia algo que deve ser mais ou menos o equivalente de "A arte existe para que não morramos de realidade". Decidi levar a sério essa frase, e como rolaram algumas coisas meio negativas, em vez de me deixar abater, preferi recorrer a algo maior do que eu mesmo e maior que meus problemas.
E disso saiu uma breve estrofe do que um dia pode virar um poema completo. Ou não.


No trono de Hécate, senta-se Diana.
O olho de prata volta-se à Terra.
Eis que a seta, então, no solo se crava.
Bela e terrível, Ártemis caça.


E... É isso. Me inspirei na lua cheia que entra pela janela do meu quarto neste momento. Hécate era uma divindade lunar, assim como Diana/Ártemis. A ideia aqui foi estabelecer brincar um pouco com imagens associadas à lua e atribuí-las às três personagens, começando em Hécate, que fornece a base sobre a qual se assenta Diana (a própria lua), que ao voltar seu olhar argênteo (a luz do luar) à Terra, lança-se ao solo, cravando uma seta (a luz do luar se solidificando e metamorfoseando-se em Ártemis) e então, Ártemis parte à caça, como símbolo da mulher com apetites sexualmente ativos.

Algo assim.

domingo, 4 de maio de 2014

Para quem aguentou chegar até aqui, neste novo ímpeto de vitalidade do blog, como presente postarei um poema de Lord Byron. Mais para a frente pretendo publicar uma tradução dele aqui, espero que gostem.

Prometheus

By Lord Byron (George Gordon) 

 
Titan! to whose immortal eyes
         The sufferings of mortality,
         Seen in their sad reality,
Were not as things that gods despise;
What was thy pity's recompense?
A silent suffering, and intense;
The rock, the vulture, and the chain,
All that the proud can feel of pain,
The agony they do not show,
The suffocating sense of woe,
         Which speaks but in its loneliness,
And then is jealous lest the sky
Should have a listener, nor will sigh
         Until its voice is echoless.

Titan! to thee the strife was given
         Between the suffering and the will,
         Which torture where they cannot kill;
And the inexorable Heaven,
And the deaf tyranny of Fate,
The ruling principle of Hate,
Which for its pleasure doth create
The things it may annihilate,
Refus'd thee even the boon to die:
The wretched gift Eternity
Was thine—and thou hast borne it well.
All that the Thunderer wrung from thee
Was but the menace which flung back
On him the torments of thy rack;
The fate thou didst so well foresee,
But would not to appease him tell;
And in thy Silence was his Sentence,
And in his Soul a vain repentance,
And evil dread so ill dissembled,
That in his hand the lightnings trembled.

Thy Godlike crime was to be kind,
         To render with thy precepts less
         The sum of human wretchedness,
And strengthen Man with his own mind;
But baffled as thou wert from high,
Still in thy patient energy,
In the endurance, and repulse
         Of thine impenetrable Spirit,
Which Earth and Heaven could not convulse,
         A mighty lesson we inherit:
Thou art a symbol and a sign
         To Mortals of their fate and force;
Like thee, Man is in part divine,
         A troubled stream from a pure source;
And Man in portions can foresee
His own funereal destiny;
His wretchedness, and his resistance,
And his sad unallied existence:
To which his Spirit may oppose
Itself—and equal to all woes,
         And a firm will, and a deep sense,
Which even in torture can descry
         Its own concenter'd recompense,
Triumphant where it dares defy,
And making Death a Victory.