sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Luis Fernando Veríssimo - Solidão

Olá, meus poucos e (cada vez mais)queridos leitores. Já faz um bom tempo desde a última postagem, não? Pois é... Fui e voltei de viagem e nem escrevi nada. Tenho MUUUUUUUUUUUITO ainda para escrever a respeito dessas férias. Prometo que o farei em breve, mas não AGORA. O post de agora será diferente. Lembram quando postei um conto de humor/ficção científica de Luis Fernando Veríssimo? Pois é... Aqui está mais um conto DO MESMO LIVRO, chamado "Solidão". Espero que gostem, e PROMETO que o próximo post será sobre as férias (curiosidade mata, né?)!

Solidão - Luis Fernando Veríssimo

Finalmente liberadas as gravações que a NASA fez das experiências realizadas com o tenente da Marinha John Smith para testar o comportamento humano em condições de completo isolamento durante longos períodos de tempo, iguais ao que o homem terá que enfrentar na exploração do espaço. O tenente Smith foi escolhido pelas suas perfeitas condições físicas e mentais. Foi colocado dentro de um simulador de vôo com comida bastante para dois anos e os instrumentos que normalmente levaria numa missão, inclusive um computador. Todos os dias Smith teria que fazer um relatório verbal para que seu estado fosse avaliado. O que segue são trechos das gravações feitas dos seus relatórios.
Primeiro dia. “Meu nome é John Smith. Estou ótimo. Passei todo o dia me familiarizando com este meu pequeno lar. Já desafiei o computador para uma partida de xadrez. Acho que nos daremos muito bem. (Risadas.) Só tenho uma queixa: esta comida em bisnagas não se parece nada com a comida de mamãe... (Risadas.) Dois mais dois são quatro. Encerro”.
Uma semana depois. “John Smith aqui. Continuo muito bem. Ainda não consegui vencer nenhuma partida de xadrez deste computador. Acho que ele está trapaceando. (Risadas.) Três vezes três é nove. Encerro”.
Um mês depois. “(Risadas.) Meu nome é John maldito Smith. Tudo bem. Um pouco entediado, mas tudo bem. Consegui finalmente ganhar uma do computador, embora ele negue. Vou ter que derrotá-lo de novo para convencer este cretino. Calculei mal e já comi todas as bisnagas de torta de maçã. Agora só tem maldito limão. Dois vezes três são, deixa ver. Seis. Quer dizer... Não. Está certo. Seis. Encerro”.
Dois meses depois. “Vocês sabem quem eu sou. John qualquer coisa. Não agüento mais a arrogância deste computador. Ele não é humano! Insiste que me deu xeque-mates inexistentes e se recusa a admitir que está errado. Tivemos uma briga feia hoje. Dois mais dois são... sei lá. Encerro”.
Quatro meses. “Alô. Tenho provas irrefutáveis de que o computador está tentando boicotar esta missão! Ouvi claramente ele dizer alguma coisa desagradável sobre mamãe. Canta Strangers in the Night em falsete e não me deixa dormir. Não me responsabilizo pelo que possa acontecer. Estou muito bem, lúcido e bem disposto. Com licença que estão batendo na porta”.
Sexto mês. “Meu nome é Smith. Maggie Smith. Por hoje é só”.
Oitavo mês. “(Risadas)”
Nono mês. “Smith aqui. Aconteceu o inevitável. Matei o computador. Estávamos com um problema, onde colocar as bisnagas vazias, e ele fez uma sugestão deselegante. Agora está morto. Não tenho remorsos. Ontem recebi a visita de um vendedor de enciclopédias. Não sei como ele conseguiu entrar aqui. Dois mais dois geralmente é nove. Encerro”.
Décimo mês. “Meu nome é Brown ou Taylor. Um mais um é umum. Dois mais dois, não. Iniciei um projeto importantíssimo. Com as bisnagas vazias e partes do computador, estou construindo uma mulher”.
Um ano. “Redford aqui. Sinto falta de um espelho para poder ver a minha barba, que está bem comprida. A mulher que fiz de bisnagas vazias e partes do falecido computador ficou ótima mas, infelizmente, nossos gênios não combinavam. Ela foi para casa de seus pais. Dois mais dois...”
Décimo-quarto mês. “Minha barba está tentando boicotar a missão! Faz um estranho barulho eletrônico e várias vezes já tentou me estrangular. Deve ser comunista. Começaram a chegar as enciclopédias que comprei. Tenho jogado xadrez comigo mesmo e ganho sempre”.
Décimo-quinto mês. “Aqui fala Zaratustra. Atenção. Encontrei pegadas humanas dentro da cabine. Estou investigando. Mandarei um relatório depois. Duas vezes três é demais. Encerro”.
No dia seguinte. “Grande notícia. Há outro ser humano dentro da cabine! Seu nome é Smith, John Smith, mas como o encontrei numa terça-feira o chamarei de “Quinta”. Ele não fala, mas joga xadrez como um mestre. (Risadas). Talvez tenha que matá-lo”.
Neste ponto, os cientistas da NASA acharam melhor abrir a cápsula. Encontraram Smith com as mãos em volta do próprio pescoço gritando: “Trapaceiro! Trapaceiro!”

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Minha viagem a Ouro Preto



























E aqui estamos nós. Depois de um prolongado período sem posts, este aqui é sobre a minha viagem a Ouro Preto/MG, para um congresso de tradução. Estou duplamente empolgado. Em primeiro lugar, por ser a primeira vez que consigo ir a um congresso desses, e em segundo lugar, por Ouro Preto ser um lugar que pode ser classificado como ALÉM de lindo. De fato, enquanto estou escrevendo estas linhas, faz pouco mais de uma hora que estou na cidade, e para qualquer lado que eu olhe fica EVIDENTE que o movimento poético do arcadismo tinha condições ideais para florescer aqui. Confesso que estou mesmo meio sem palavras. A beleza por aqui é toda meio épica, então vou deixar algumas fotos que eu tirei ja na pousada, que nem é a parte MAIS "epica" da paisagem! Rs!
Diagramação tosca by Heder feat. Blogger.com!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Blind with weeping

Minha cachorra mais velha, Catita, morreu hoje, com 14 anos.
É algo natural, era uma cachorra bem velhinha, e como todo ser vivo, chegou o momento dela.
Fico triste por ela ter partido, não tenho como negar, e mesmo que pudesse seria o maior dos hipócritas.
Mas, por outro lado, lembro-me do que me deixava feliz nela.
Fico feliz de ter tido uma cachorra com pelo tão bonito que PESSOAS diziam que gostariam de ter o cabelo daquele jeito.
Fico feliz de ter tido uma cachorra tão disciplinada que se você a deixasse em frente a um prato de comida ela nem ENCOSTARIA nele se você não autorizasse.
Fico feliz de ter tido uma cachorra que quando era um filhotinho minúsculo nao tinha medo de sair correndo rosnando e latindo atrás de mim e de minha irmã.
Enfim, fico feliz de ter passado meu tempo com essa cachorra e feliz por ter tido uma cachorra de apartamento que soube ensinar-me novamente o que era amar os animais.

Mas isso não evita que eu sinta sua falta.

domingo, 5 de julho de 2009

sábado, 30 de maio de 2009

Fatos da vida


NUNCA é uma boa idéia instalar o Ruindows em um PC feito para rodar o Linux. Nunca mais! Argh!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Momento espiritual


Isso foi MEIO fora do padrao. Tres horas da manha e eu subitamente sinto a NECESSIDADE de ajoelhar ao lado da cama e orar louvando a Deus! Grande é o Senhor!

terça-feira, 26 de maio de 2009

Black day in dark


Desculpem por escrever sem conteúdo, sem humor, sem ânimo e sem vontade. Eu dou de volta ao mundo o que ele me dá.

sábado, 2 de maio de 2009

Virada Cultural

Olá todo mundo!!!
Indo direto ao ponto:
Já me programei para a Virada Cultural deste ano.
Minha PRETENSA programação está em http://www.viradacultural.org/index.php?n1=roteiros&m=ver&id_item=1808.
Meu fone é 9931-4510, para quem quiser marcar e me encontrar.
Ah, com exceção ao Arrigo Barnabé, Violeta de Outono e Cordel do Fogo Encantado, sou flexível quanto a horários e locais, ok? Rs!

Bom fim de semana!!!

****UPDATE: Deu a louca no site da Virada. Minha programação não abre como deveria. Quem quiser fazer algo, ligue ou mande msg no 9931-4510

terça-feira, 7 de abril de 2009

O réptil e o sonho

Segunda-feira. Mais uma semana que tinha tudo para começar como todas as outras, mas que por algum motivo (gerador de improbabilidade, talvez?), recusou-se a tanto. Ah, não, não ESTA semana, não senhor! Vejamos o que ocorreu: Na madrugada, enquanto dormia, tive um sonho estranho, com um dos meus maiores medos. O que era estranho? Bom, talvez o fato de UM de meus maiores medos estar presente e eu não ter demonstrado medo? No caso do sonho, foi a altura. Quem já assistiu "Indiana Jones e o Templo da Perdição" deve lembrar da cena da ponte de corda. Foi algo parecido, só que sem adoradores de Kali, chicote ou facão. Mas a morena voluntariosa estava lá, pelo menos! Rs! Pois bem, acordei atrasado e tomei banho correndo. Detalhe: Na madrugada, enquanto estava ocupado brincando de "Indiana Jones no reino do Inconsciente", choveu bastante. Detalhe APARENTEMENTE desprovido de importância. Mas tal qual aconteceu com a criação de Victor Frankenstein, naquela noite chuvosa algo se movia e recebia seus primeiros impulsos de vida. Algo que haveria de crescer e tornar-se uma força irresistível. O dia amanhece. Avançamos algumas horas e chegamos ao ponto onde nossa narrativa parou: eu estou tomando banho correndo, atrasado em meu cronograma particular e tentando desesperadamente não atrasar-me para o dia de trabalho. SURPREENDENTEMENTE, consegui.

E então, eis que ocorreu algo extremamente incomum. O incomum completamente sustentado no cotidiano. "Todo dia ela faz tudo sempre igual/me sacode às seis horas da manhã/me sorri um sorriso pontual/e me beija com a boca de hortelã". O cotidiano que revela-se o absurdo do fantástico. Ao sair de casa, tranquei o portão. Depois de dar a volta na chave, dei mais uma chacoalhadinha no portão para certificar-me de que estava trancado. Como já foi mencionado, choveu na madrugada anterior. O mundo estava úmido. O céu estava cinzento. DOOM, até. As grades molhadas do portão. Ao chacoalhar as grades, algumas gotas respingaram em minha mão. Mas havia ALGO MAIS que também caiu. A mente é uma coisa impressionante. Nós não prestamos atenção em nossa própria capacidade de perceber detalhes. De construir raciocínios a partir desses detalhes. De construir visões de mundo inteiras a partir de um ligeiro detalhe insignificante. Mas DESTA vez eu enigmaticamente consegui acompanhar o meu processo de pensamento do incício ao fim, embora ele não deva ter durado mais do que um segundo. A princípio pensei ser água. Mas como não escorregou, e demonstrou consistência sólida, pensei em um resíduo. Algo como um pedaço de graveto, ou casca de árvore, ou folha. Algo do tipo, inanimado. AINDA dentro desse um segundo da construção do processo de pensamento, meus olhos focaram a mão. O que eles viram simplesmente distorceu minha mente. De forma definitiva, talvez. É de conhecimento comum, público e notório, que lagartixas (aliás, répteis em geral) são frios. "Geladinhos" dizem alguns. Pois é. É isso. Cortei o suspense gótico vitoriano. Foi uma LAGARTIXA que caiu em minha mão. E minha mente continuava funcionando no quadro-a-quadro. Aconteceu tudo rápido, mas eu vi claramente o processo de pensamento passar da reação de FUGA(do bicho que mais me apavora no mundo), que levou o corpo a pular, para o reflexo de REAÇÃO que fez o corpo ARREMESSAR o bicho que estava em cima da mão, e do qual, portanto, não adiantaria fugir.

Então, é isso. Para um observador externo, eu pulei e joguei longe uma lagartixinha, tão somente.

Mas para o único observador interno, está claro agora que uma força conquistadora está a caminho. Algo como Arthur, o rei adormecido que dorme, aguardando o momento de maior momento da Britânia. Como Brian Boru, da Irlanda. Como Dom Sebastião, de Portugal.

Mas esse rei ainda dorme. Prova disso é o fato de que ao procurar uma imagem para ilustrar esse post, na busca de imagens do Google, não consegui disfarçar minha ojeriza. Vamos tentar novamente, agora.Ao que parece, o Rei Adormecido dá pontapés durante o sono! ;-)

Ilustram este post, em ordem de aparição: Rei Arthur, Brian Boru, D. Sebastião e uma lagartixa.

BONUS TRACK DA VERSÃO JAPONESA:

LAGARTIXA

Nome científico: Rhacodactylus leachianus, Gekko gecko, Gekko smithi, Uroplatus fimbriatus
and Saltuarius cornutus

Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Família: Gekkonidae
Habitat: Áreas florestais
Hábitos: Dependendo de cada espécie, pode ser diurno ou noturno.
Nome comum: Lagartixa

Características: As lagartixas têm facilidade para subir em qualquer lugar.Isso porque elas possuem uma espécie de pequenas laminas cobertas por pêlos microscópicos em forma de ganchos e são esses pêlos permitem a esses animais escalar muros, vidros de janelas e andar pelo teto de cabeça para baixo. É comum que as lagartixas se instalem em nossas casas, mas isso é bom, pois se alimentam de insetos daninhos, como as traças e mosquitos. São animais frágeis, de coloração bege clara e olhos escuros.
A reprodução é ovípara. Geralmente, as fêmeas põe entre 1 ou 2 ovos e guardam em cascas de árvores ou fendas em pedras. Existem mais de 400 espécies de lagartixas nas regiões quentes do mundo.

Fonte: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/lagartixa.htm

sábado, 4 de abril de 2009

Endimion - Agony

Pra quem desconfia que eu estou deixando de escrever sobre metal, fica aqui um videozinho do Endimion, banda death/doom do camarada chileno Matias Ibanez, em seu show de março em Concépcion. Enjoy it.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Coração da cidade, a um passo do céu


Esta noite o blogmóvel capturou um grupo de astrônomos amadores na Av.Paulista. Pela primeira vez, vi Saturno com meus olhos e a mente plenamente consciente. Épico!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Improbability drive!!!(Ou: "Pequenos milagres cotidianos")

Em algum lugar do universo um motor de improbabilidade deve estar sendo construído. De fato, é possível (embora não provável, por motivos óbvios) que ele JÁ esteja funcionando. Para aqueles não-familiarizados com essa tecnologia: O motor de improbabilidade (originalmente, Improbability Drive, em inglês) foi criado pelo escritor Douglas Adams, e cria um campo dentro do qual, absolutamente QUALQUER COISA pode ocorrer. Em sua obra "O Guia do Mochileiro das Galáxias"(originalmente, "The Hitchhiker's Guide to the Galaxy", em inglês), esse motor é a força... bem... MOTORA da nave mais veloz da galáxia, a Coração de Ouro (originalmente Heart of Gold, em inglês). Simplificando grosseiramente, quanto mais improbabilidade fosse acumulada, mais fácil seria a nave ir parar em um lugar distante, completamente diverso daquele em que se encontrava no momento. Uma estratégia para evitar os enjôos do hiperespaço(originalmente, hyperspace, em inglês, se não me falha a memória(originalmente, memory, em inglês). Algo assim.
Enfim.
Qual o meu motivo(originalmente, reason, em inglês) de falar sobre esse monte de coisas? Continue lendo(originalmente, read on, em inglês)...
Há um cientista americano DE VERDADE (originalmente, A REAL American scientist, em inglês), Ronald Mallet, construindo uma máquina do tempo (originalmente, time machine, em inglês) DE VERDADE, usando tecnologia DE VERDADE! Isso é meio improvável, não? E a improbabilidade atrai mais improbabilidade! Algo do tipo, quanto mais improvável é um acontecimento, maior é o "rombo" que ele deixa no tecido das probabilidades para que OUTROS eventos improváveis de menor tamanho ocorram, até tapar aquele rombo. Na verdade, é até possível que a máquina de Mallet não tenha sido a primeira pedra a ser derrubada nesse efeito dominó, mas que seja apenas mais uma improbabilidade tentando ocupar o vácuo de OUTRO evento altamente improvável, do qual todos nós devemos estar lembrados: A MORTE de Dercy Gonçalves!
Se considerarmos ESSE como o evento catalisador, então teremos grandes improbabilidades cada vez menores escoando e fechando o buraco. E isso explica como uma luva as duas improbabilidades que presenciei esta semana e que são o motivo da existância deste post:

Terça-feira, 31/03/2009:
Ao voltar do serviço, encontrei, no lugar mais IMPROVÁVEL possível um ser vivo!
DENTRO do vagão do metrô. DENTRO da lâmpada dentro do vagão de metrô. E sim, a lâmpada ESTAVA acesa! E QUAL era a improvável fera urbana que andava de metrô? UMA LAGARTIXA! O DRAGÃO URBANO ME SEGUINDO DENTRO DO METRÔ! Deja Vu de Predador 2, pra quem já assistiu.

Quarta-feira, 01/04/2009
Ao voltar do serviço, escuto um som de flauta. Uma garota (bonitinha, se me permitem o comentário) andando despreocupadamente pela Av. Paulista, tocando flauta com a mesma tranquilidade que eu conversava com minha colega de trabalho ao meu lado. Ela entrou na estação de metrô e continuou tocando, na escada rolante, ao lado de um dos guardas. Momento ABSURDAMENTE insólito e improvável!

Para os próximos dias, espero um AUMENTO na QUANTIDADE de eventos improváveis e uma proporcional REDUÇÃO na INTENSIDADE de sua improbabilidade.

domingo, 29 de março de 2009

sábado, 28 de março de 2009

Heder pagando de designer!!!

Então... ESTA agora é só para falar e botar banca que eu CRIEI para o meu celular um tema baseado em Castlevania. Com uso do Sony Ericsson Themes Editor, o GIMP e o emulador Nestopia rodando os Castlevanias 2 e 3. Foi relativamente fácil e uma experiência muito agradável.
Screenshot da tela de preview do Themes Editor:

For less ordinary days.

E o dia de hoje de fato foi menos ordinário. Senão, vejamos:
Ontem à noite eu estava disposto a doar sangue hoje. E com isso em mente, comecei um jejum de 12 horas, seguindo o raciocínio de que se para fazer um exame de sangue é necessário um jejum, com uma doação não deve ser diferente, certo?
Tendo isso em mente, fiz minhas doze horas de jejum e saí para o Hospital Municipal Prof. Waldomiro de Paula, o popular "Planalto", pois minhas experiências anteriores deixavam bem claro que lá havia um posto de coleta de sangue. Primeira surpresa: Ao subir no ônibus, vejo que meu Bilhete Único está descarregado. Isso não seria um problema per se, mas não se esqueçam que eu estava já 12 horas sem comer, relativamente longe do hospital, debaixo de um sol forte, e precisaria fazer baldeação(contando com a integração gratuita) para chegar ao local. Bom, como eu já estava dentro do ônibus e não tinha um posto de recarga próximo, paguei em $$$, mesmo e segui o caminho. Na hora de fazer a baldeação acabei tomando o ônibus errado(faz TEMPO que eu não ando por aqueles lados! Me processem! Queria ser infalível...), desci em um ponto relativamente longe do hospital, e sim, precisei fazer parte do trajeto a pé. E é CLARO que a parte do trajeto foi JUSTAMENTE uma subida de ladeira, né? Mas tudo bem, tudo bem! Afinal, doar sangue é uma atitude humanitária, um ato de desprendimento, algo vindo de alguém disposto a enfrentar dificuldades... Certo?
Pois bem, chegando ao hospital, sou informado, na recepção, de que eles não têm mais o serviço de banco de sangue, e que o posto de coleta mais próximo seria no Hospital Santa Marcelina. Aproveitei a pausa para recarregar meu Bilhete Único, e 5km depois, lá estava eu, no local que eu buscara. Após penar mais um pouquinho para encontrar a ENTRADA para o Banco de Sangue, finalmente entrei na fila de espera e recebi uma senha. A senha ao que parece era simplesmente para me fazer esperar, tomarem meu nome e RG, e me fazerem esperar novamente para chamarem pelo nome. Vai entender... Após uma longa espera(durante a qual tive tempo suficiente para ler os contos "Círculo Vicioso" de Isaac Asimov e "O Feitiço e o Feiticeiro", de Ambrose Bierce), fui chamado para ser entrevistado pela médica responsável(ou seria enfermeira? Afinal, acho que esse tipo de atividade não necessariamente EXIGE uma médica). Durante essa entrevista foram apresentadas perguntas de rotina, como por exemplo se eu usava drogas, se havia bebido na véspera, com quantas pessoas eu andava fazendo sexo, se entre essas pessoas estavam incluídas prostitutas ou homossexuais(quero crer que foi um eufemismo para travestis, caso contrário, não terei escolha senão considerar aquele pessoal extremamente preconceituoso e homofóbico), se eu já tive hepatite ou coisas do tipo, se já recebi transfusões de sangue. Por fim, recebo a PÉSSIMA notícia:
Eles não poderiam aceitar minha doação.
A moça explicou-me que NÃO se pode fazer doação de sangue em jejum, pelo contrário, o doador tem que estar BEM alimentado, de preferência com uma refeição reforçada, apenas tomando cuidado para não abusar especificamente com GORDURA, mas de resto, tudo liberado.
Ou seja: A parte mais dura, que foi justamente ficar doze horas SEM comer foi totalmente inútil!
Pode piorar? CLARO! Choveu na hora que voltei. ¬¬

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Another insect in the wall


Olá novamente! =D
Começo a desconfiar que o meu bairro tenha sido construído sobre um antigo cemitério indígena.
Para insetos.
Já é a segunda vez que eu topo com insetos de visual exótico a menos de 100 metros de casa.
Será um portal dimensional que foi deixado entreaberto?
Espero que não passem coisas MAIORES, posteriormente!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Paz, afinal?


Depois de muito procurar, finalmente encontrei um pingente com o simbolo da paz de tamanho equivalente ao da cruz que uso. Simbolico: a paz DEVE ser dificil de encontrar.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Blog móvel! o.O

Bem, pessoal, OLÁ! Esta foi a primeira postagem do meu... Hã... Blogmóvel(!?!?!?!?!)!
Pois é! Ao que parece, meu celular permite que eu tire uma foto e publique-a no blog imediatamente, sem enrolação!

Mágico, não?

Ah, a propósito: A foto é de u
ma barata preta/vermelha(Flamengo?) que estava no chão em frente ao meu ponto de ônibus na hora que fui pegar o busão para o trampo.
É, é isso.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Epitáfio da perfeição

E eis que aqui jaz, lamentando sua falibilidade, o humano.
Ah, humano, se pudesses voltar.
Terias percebido, humano? Terias percebido o quão vã é a infalibilidade?
Ah, humano, quisera que pudesses enxergar.
Tu, ó passante, que aqui vês este monolito erguido, não em memória ao humano, mas àquilo que morreu no humano, atentai:

Não busque perfeição, não busque infalibilidade!
Mortas estão ambas, e apenas seus fantasmas assombram o mundo dos vivos.
Não ouça o canto de sereia de promessas de perfeição, ó passante!
Não queira ter o fim do humano que aqui jaz, sepultado por um fantasma;
Não queira o fim do humano que ao buscar ser como um fantasma teve como opção somente tornar-se um deles

Eis que ISTO é a vida: Somos falíveis!
Não busque jamais a infalibilidade, antes aceite sua imperfeição, e nela encontre a força.
Lembra disso, ó passante, e leva a teu povo: A infalibilidade está na inatividade e a inatividade é a morte! Nós que vivos estamos, devemos falhar e aprender com nossas falhas.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

E mais uma nova...

Olá, leitores(ok, provavelmente eu conheço PELO NOME cada um dos poucos que vão acessar este post, mas deixem-me ser feliz!:P). Aqui estamos nós com mais um... TRIUNFO DA NERDICE!

Dessa vez a "brincadeira" foi jogar um emulador de NES no meu celular! O emulador é o NEScube, e ele roda com grande parte da área útil da tela. O som é meio bagunçado, e quando ativo, deixa o emulador SENSIVELMENTE mais lento. Eu o evito e uso o MP3 player do celular ao mesmo tempo, sem problemas de desempenho.
O emulador não possui funcionalidade de screenshots, como praticamente qualquer emulador para PC, mas isso não chega a ser realmente um problema(embora deva admitir que seria BEM legal mandar screenshots para amigos no meio da rua!).
Felizmente ele TEM SIM a funcionalidade de Save State, portanto aquela partida excelente não corre o risco de ser perdida.
Um ponto DELICADO que deve ser pensado é a jogabilidade. Jogos do NES foram criados para serem jogados com um joystick(que por sua vez foi projetado para mãos pequenas), e jogar em um teclado de celular torna as coisas um pouco complicadas, principalmente se você, como eu, tiver mãos grandes, másculas, fortes. Considerando isso, NÃO recomendo jogos como Ninja Gaiden, Battletoads, Contra e AÇÃO em geral. Final Fantasy? Perfeito! Zelda? Nenhum pesadelo. Games de tabuleiro? Vai que é tua! Esportes? Fique LONGE de Track&Field e vá sossegado em games de corrida. Megaman? O risco é seu. Castlevania? Bom, fora as medusas flutuantes... Mas isso já é um problema MESMO com o joystick, então acho que PIOR não deve ficar! Rs!

Bom... Quem já está acostumado a fazer essas artes não deve ter achado lá grande coisa, mesmo, né? Mas pelo menos PARA MIM foi totalmente impressionante! Embora não tenha sido concebido para ser portátil, o NES sempre teve jogos com potencial BÁRBARO para a portabilidade, como Lunar Ball, Tetris, Othello e seus diversos RPGs.

Link para download do emulador:
http://jogosparacelular.blogspot.com/2007/10/nescube-emulador-do-nes-nintendinho.html

Divirtão-se! ;D

Bonus track: Video do gameplay de Guardian Legend jogado no celular e filmado com minha webcam. Apenas para dar uma noção da coisa toda...

domingo, 18 de janeiro de 2009

O fim do cyberpunk. E depois...

Leitores e leitoras. Caríssimas e caríssimos.
Bem-vindos ao primeiro post de 2009.

Eu não elaborei muita coisa, na verdade. Trata-se apenas de um tópico que eu postei mais de dois anos atrás na comunidade "GURPS Brasil", considerando a possibilidade de que o gênero cyberpunk, como um todo, tenha sido extinto ou caminhe para essa edição. Leia o texto entre aspas e em itálico que foi a postagem original, e em seguida, leiam o texto entre aspas em negrito que foi a postagem que eu fiz HOJE no mesmo tópico, com uma visão modificada por diversas coisas que aconteceram nesses mais de 30 meses.

16/12/06
"O fim do cyberpunk?
Salve, pessoas... Um pensamento vem ocupando minha pequena mente durante esta semana que se encerra:Será que o GÊNERO cyberpunk encontrou o seu fim?Tanto na literatura quanto no cinema ou nos RPGs e mesmo nos videogames, está cada vez mais RARO vermos menção a "um futuro sombrio em que a vida tem pouco valor, as megacorporações dominam as nações, a tecnologia beira o impossível, a miséria cresce mais e mais, e o computador tornou-se parte vital do cotidiano". Analisando um pouco mais além, esses elementos citados do cyberpunk não parecem já terem se tornado meio cotidianos? Quer dizer, leia de novo o trecho entre aspas retirando a palavra "futuro". Parecem os dias de hoje! Sabe qual a impressão que isso me passa? Que estamos vivendo, em relação ao cyberpunk, um momento inverso, porém SEMELHANTE à fantasia medieval:Com a fantasia medieval, fazemos uma idealização do mundo medieval, de maneira a ser um lugar mais "contos de fada" baseado no passado. Será que o cyberpunk não se tornou também um "conto de fada" baseado em um futuro que não aconteceu? Seria possível revolucionar algo na literatura, jogos, filmes, whatever, para criar um NOVO cyberpunk, e não essa idealização de um futuro que já passou(sinceramente, se o mundo FOSSE se tornar algo como os mundos cyberpunk, acredito que AGORA já deveria estar nesse pé).Bom... É isso, em linhas gerais... Vamos discutir?Melhor do que tópico-spam de propaganda, né?"


18/01/09
"Que coincidência terem upado este tópico! Semana que vem, mestrarei uma aventura de Shadowrun 50% composto de gente que nunca jogou RPG. Estou REALMENTE querendo manter na aventura aquilo que foi chamado aqui de "estética clássica do cyberpunk", usando como paradigma o esquema estético de Robocop.Chega mesmo a ser curioso. O post original deste tópico já tem seus dois anos, e isso foi tempo suficiente para eu experimentar pelo menos duas obras que me ajudaram a sentir como a ESTÉTICA do cyberpunk pode estar ultrapassada(como já foi dito aqui, o conceito todo desse movimento literário já tem lá seus 20 anos), mas as suas idéias ainda permanecem relevantes. São elas: O mangá "Gunm: Hyper Future Vision" e a Graphic Novel "Frank Miller's Robocop". Gunm apresenta uma estética cyberpunk que simplesmente foge de forma bem elegante da mesmice de "vivemos nos EUA e o Japão está dominando o mundo empresarial" apresentando um cenário cyberpunk violento, cheio de ciborgues, desigualdade social e DRAMA HUMANO! Isso foi o que deixou claro para mim que o cyberpunk não "acabou" apenas precisa se reformular (e já o está fazendo, felizmente), e um dos truques para conseguir isso é PARAR de ficar fuçando "tecnologia de ponta" de 20 anos atrás e pensar em... Bom... FUTURO, né? Rs! Quanto ao Robocop, trata-se do roteiro escrito por Frank Miller que originalmente seria usado para o filme Robocop 2. O roteiro foi abandonado por ser EXTREMAMENTE violento e utilizar um humor EXTREMAMENTE sarcástico. Assim, o filme foi reescrito, mas muitos conceitos do roteiro ainda foram aproveitados. E são justamente as partes editadas (além da violência) de um roteiro escrito MUITOS anos atrás que me fizeram sacar que um ambiente cyberpunk, mesmo sem ciborgues a cada esquina (que essencialmente é o cenário de Robocop) ainda é algo consideravelmente longe de nossa realidade. Ou seja: Ainda tem MUITA possibilidade de desenvolvimento/criação no gênero."