terça-feira, 11 de outubro de 2016

Mare Rosso - Financiamento Coletivo

E aí, pessoal, beleza?
Faz tempo que não apareço por aqui e decidi aparecer para falar de coisa boa, pode ser?
Pois bem.
A gente (o público de cultura pop de maneira geral) tem essa tendência a reclamar de coisas novas que não tenham a ver com nossas preferências, não é verdade (e nem adianta fingir que não é)? Então eu trago aqui uma proposta: e se... Em vez de perder tempo reclamando, fizermos algo para apoiar gente de talento e com propostas legais? Não é melhor sufocarmos o trabalho de baixa qualidade sob o peso de trabalhos bem feitos, em vez de reclamações vazias?
Se você, que está me lendo, concorda com essa ideia, apresento a vocês um exemplo de tais trabalhos.
Trata-se de Mare Rosso, uma história em quadrinhos de terror com roteiro de Ana Recalde (do outro quadrinho de terror Beladona) e arte de Chairim Arrais, que no momento da publicação deste post está na última semana da sua campanha de financiamento coletivo no Catarse.
Para terminar este post, só o que eu tenho a dizer, além do que elas mesmas apresentam, é: se você sente falta de um trabalho de qualidade, seja em quadrinhos, RPG, literatura, música, o que for, não perca seu tempo reclamando do que não gosta, mas sim trate de apoiar aquilo de que gosta.
Não perca tempo e apóie esse trabalho antes que a campanha acabe, ok?

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Só mais um sonho.

No sonho desta noite eu estava em uma estação de metrô (parecia a Santa Cecília) aguardando o metrô e conversando com alguém. Em algum momento meu interlocutor me dava uma garrafa de alguma coisa para beber, e quando eu ia tomar ele me interrompia para dizer alguma obviedade do tipo "tem que segurar a garrafa assim, não assado", e eu perdia a paciência, como se já fosse a milionésima vez que ele me interrompesse para adicionar informação essencialmente nula, como que para dizer "olha como EU sei" e "olha como você depende da MINHA genialidade para fazer as coisas mais simples".
Com minha irritação comecei a fazer movimentos expansivos e espalhar o conteúdo da garrafa pra todo lado enquanto retrucava dizendo ao interlocutor o quanto era insuportável conversar com ele com esse tipo de argumento. E nisso, o foco narrativo da câmera mudou.
A câmera foca em um grupo de seguranças do metrô descendo a escadaria (agora tenho certeza que a estação era a Santa Cecília), passando por nós e indo para o fundo da estação. Eles começam a conversar amenidades e então chega um metrô na plataforma do lado oposto e vemos um monte de gente descendo dos vagões, estilo torcida em dia de jogo de futebol. Um dos guardas (aparentemente o novato da turma) faz menção de ir às catracas ajudar a fazer a segurança do embarque e desembarque, tendo como resposta do aparentemente mais experiente do grupo uma mão no ombro e o comentário: "relaxa, é só o pessoal da Letras chegando..."

sábado, 4 de julho de 2015

Resenha - Sete Chaves do Caveira

Olá, pessoal! Surpresa, voltei com menos de seis meses desde o post anterior! Faz tempo que estou para escrever sobre este livro, de um dos meus autores nacionais favoritos na atualidade. Trata-se de Sete Chaves do Caveira, do gaúcho Luiz Hasse. Já estava familiarizado com o trabalho do autor com contos (como os que ele publica em sua fanpage no Facebook) e principalmente na temática de fantasia medieval (como o romance O Cavaleiro Feérico, que já resenhei para o Gambiarra Blog). E o que ele nos traz aqui? Trata-se de uma antologia de sete contos sobre O Caveira, um herói que adota características de vários tipos e as mescla num todo único. A narrativa segue essa mesma tendência de adotar várias vertentes e condensá-las em algo próprio e inesperado. Trata-se de um jovem que após o despertar de estranhos dons mediúnicos é treinado nas artes secretas do assassinato por um mestre há muito falecido, passando a vagar pela noite como uma sombra vingadora que busca reparar os males feitos àqueles que morreram sob condições de extrema violência.
A narrativa deliberadamente deixa muita coisa ambígua com relação aos poderes, habilidades e modus operandi do vindicador dos mortos; fica a cargo de cada leitor decidir o que são seus poderes. Magia? Controle da mente? Um intenso condicionamento físico? Noção bem clara de por onde e como se mover? Um pouco de cada? Essas incertezas apenas adicionam ao clima algo noir dos sete contos. E assim, temos aqui um misto de literatura policial, super-herói, sobrenatural, artes marciais... Cada um dos elementos transparecendo intensa pesquisa sobre os temas abordados, sem jamais soar pedante, mas sim usando a riqueza de detalhes em favor da narrativa.
O livro é curto, de escrita bem clara, com personagens bem definidos e se deixa ler bem facilmente. Recomendo fortemente para quem quer que curta algum dos gêneros mencionados. E depois que terminar de ler, se gostar, já fica a dica: o autor está prestes a lançar o segundo livro do personagem, A Sombra do Caveira. E como já tive a oportunidade de dar uma olhada em parte do texto, posso dizer sem medo de errar: é um passo adiante no crescendo de emoções e tensões desenvolvidas neste primeiro volume.

Livro: Sete Chaves do Caveira
Autor: Luiz Hasse
Editora: Multifoco
Páginas: 137
Ano: 2014

terça-feira, 23 de junho de 2015

Devaneio MCXVIII

Em um sonho, eu não via nada.
Apenas me sentia bem, em ótima companhia.
Sentia um corpo macio, quente e perfumado,
em um abraço carinhoso junto ao meu.
E então uma voz dizia "que bom que ainda podemos ficar aqui
mais cinco minutinhos"...
E então o despertador tocava.

Vamos aproveitar nossos cinco minutinhos.
Antes que o despertador toque.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Os últimos devaneios de 2014

Volta e meia vejo gente dizendo que a vida é curta e se pautando nesse conceito para tomar decisões atitudes e coisas do tipo. Embora eu concorde que seja louvável sair da estagnação e fazer as coisas acontecerem em sua própria vida, acho que existe um erro de conceito quando você o faz partindo da ideia que a vida é curta. Ela não é, ela dura uma vida inteira. Eu, em vez disso, venho tentando pautar minhas decisões e atitudes nem tanto na brevidade da vida, mas sim em sua inevitabilidade e imprevisibilidade.
Devemos aceitar correr certos riscos, dar a cara a tapa, mesmo, e digo isso principalmente no que se refere a relacionamentos. Não sabemos até quando aquela pessoa para quem precisamos dizer algo ainda estará lá para ouvir; mas nos prendemos tanto à questão de não saber qual será sua reação que acabamos perdendo nossa própria reação. Enfim, como de costume, só um monte de pensamentos não necessariamente conexos, mas que precisavam de uma via para serem desabafados.
Espero ter feito a coisa certa.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

No táxi - Semi-guest post

Olá, pessoal! Correria do dia a dia, inclusive com o final de ano da faculdade, mas não esqueci de vocês, que sentem falta de gastar alguns minutos lendo as abobrinhas que escrevo. Como hoje está difícil para eu mesmo escrever, pesquei lá no Facebook uma história interessante e 100% verídica copiada do perfil do camarada Robson Intruder. O que vem depois das aspas é o texto dele, inadulterado, e muito engraçado:

"
No taxi:
Um Sr Oriental 50 anos,pergunta:
VC é antisemita?
Não Senhor, não sou.
VC sabe o que é antisemita?
Sei sim Senhor!
Porque o senhor esta me perguntando isso?
Porque eu fiz uma oração poderosa no meu trabalho, e um austríaco que trabalha comigo, nao gostou e mandou 3 demônios me perturbar.
E porque ele fez isso?
Sei lá, acho que ele é nazista!
VC sabe que nazista é antisemita né?
Eles nao gostam de judeus.
E o senhor é judeu?
Não,não sou!
Ué então porque ele mandou esses demônios?
Pq a oração que fiz era para os judeus!
Ah ta entendi, e pq não orou baixinho,pra ele não ouvir?
Pois é,eu devia ter feito isso...
Mas é assim mesmo, cada na sua né taxista?
Ele fez o papel dele e eu fiz o meu, cada faz sua parte.
Para o carro ai,vou tirar dinheiro no Banco pra te pagar.
Ele volta com uma nota de 10 reais na mão e pergunta:
Quanto eu te devo?
13,00 reais!
E agora? Só tenho 10.
Mas o senhor tem que pagar 13.
Mas eu não tenho os 13.
Ah,ta bom então!!! Deixa pra lá.
Sai dali e entendi o porque o Austríaco, mandou 3 demônios perturbar ele."

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Um sonho na noite de 7 de agosto de 2014

Nesta noite, sonhei que eu aprendia a voar. E a melhor parte é que ao acordar eu ainda lembrava do método. Quando eu tiver coragem vou tentar.
No sonho, depois que eu conseguia, tentava ensinar uma amiga usando o mesmo método. Mas ela não conseguia decolar, por ser muito "pé no chão".
Então o sonho cortou para uma cena minha chegando em Salvador, voando por meus próprios meios. E de lá de cima eu via um navio encouraçado ancorado junto ao Farol da Barra, com seus canhões apontados para o mar, como se protegendo o perímetro.
Tenho sonhado muito com Salvador ultimamente...

terça-feira, 29 de julho de 2014

Servants? Where?

Resgatado de uma postagem de meu Facebook em 16 de maio:

Interessante. Enquanto o Lúcifer de John Milton no Paraíso Perdido diz "Reinar no Inferno preferir nos cumpre À vileza de ser no Céu escravos.", o Aquiles de Homero na Odisséia diz
"preferira viver empregado em trabalhos do campo
sob um senhor sem recursos, ou mesmo de parcos haveres,
a dominar dêste modo nos mortos aqui consumidos".
Terá sido isso uma referência de Milton a Homero? Será que estou procurando pelo em pedra? Será que estou precisando dormir?

https://www.facebook.com/heder.honorio/posts/10203896969923534

domingo, 13 de julho de 2014

domingo, 29 de junho de 2014

Um sonho em 29 de junho

No meu sonho, eu estava em Salvador. Eu sabia que era Salvador daquele jeito como nos sonhos simplesmente sabemos das coisas. Mas não era a Salvador verdadeira, era uma que só existe nos sonhos, mesmo.
Eu estava em frente a um teatro enorme, em estilo neoclássico, semelhante ao Municipal, de São Paulo, porém com decoração menos rebuscada. Esse teatro estava interditado, com suas grandes portas de madeira trancadas. Eu e a moça que estava comigo (ninguém que eu reconheça do mundo desperto) chegávamos ao teatro e ficávamos lamentando ter viajado tanto para não conseguir ver nenhum espetáculo nele.
Porém, além do prédio principal do teatro, havia um enorme tablado a céu aberto, decorado com colunas em estilo neoclássico, com vários alçapões e vista imediatamente de frente ao mar. E lá estavam sendo realizados os espetáculos. Enquanto lamentávamos o teatro fechado, ouvimos um conjunto de vozes recitando algo em uníssono, e, ao nos virar, vimos um grupo de 10 pessoas com longos mantos e capuzes negros,com os rostos escondidos pela máscara da tragédia.
Então nos sentamos na areia e assistimos, maravilhados. E ainda era só um ensaio...